quarta-feira, 27 de agosto de 2014

Arreitada Donzela - Manuel Maria Barbosa du Bocage



Arreitada donzela em fofo leito
Deixando erguer a virginal camisa
Sobre as roliças coxas se divisa
Entre sombras sutis pachacho estreito

De louro pêlo um circulo imperfeito
Os papudos beicinhos lhe matiza
E a branca crica nacarada e lisa
Em pingos verte alvo licor desfeito

A voraz porra, as guelras encrespando
Arruma a focinheira e entre gemidos
A moça treme, os olhos requebrado
Como é inda boçal, perde os sentidos
Porém vai com tal ânsia trabalhando
Que os homens é que vêm a ser fodidos


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